De sobrevivente do Holocausto a história de amor de casal com Down: veja histórias que inspiraram em 2024
24/12/2024
Retrospectiva do g1 reúne, nesta quinta-feira, véspera de Natal, 13 reportagens de casos inspiradores que aquecem o coração. Confira a lista e relembre. De sobrevivente do Holocausto à história de amor de casal com Down: veja histórias que inspiraram em 2024
Arte/g1
🎵 Então é Natal, e o que você fez? Dá para fazer muita coisa em um ano, inclusive inspirar muita gente. Na noite desta quinta-feira (24), véspera de Natal, o g1 relembra histórias inspiradoras na região de Campinas (SP) ao longo de 2024.
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A seleção de 13 reportagens para aquecer seu coração neste dia especial vai de uma sobrevivente do Holocausto que viveu em um campo de concentração na Alemanha até uma história de amor de um casal com Down que começou na infância e viralizou nas redes sociais 💗.
Veja a lista completa ⏬
1. Estudante que descobriu que o pai estava curado do câncer no mesmo dia em que foi aprovada no vestibular
Beatriz Zanardo Brandolise ao lado de seu pai Márcio Brandolise
Arquivo pessoal
🤗Uma das primeiras histórias que foram contadas no ano foi o da Beatriz Zanardo Brandolise, de 22 anos. Ela descobriu que passou em primeiro lugar na universidade dos seus sonhos no mesmo dia em que recebeu a notícia de que seu pai estava curado do câncer.
Ao final de 2022, primeiro ano de cursinho, em que a jovem estava na rotina intensa de preparação para os vestibulares, seu pai, Márcio Brandolise, de 65 anos, foi diagnosticado com câncer de cólon.
Apesar dos percalços durante sua rotina de estudo, a jovem foi aprovada em ciências econômicas em duas das maiores universidades do país. E o melhor: a descoberta chegou quando a jovem estava em uma clínica oncológica em Sorocaba (SP), acompanhando o pai para receber o resultado dos exames que ele havia feito para saber se tinha se curado da doença.
2. Única mulher no curso, mecânica de aviões superou preconceitos
Única mulher da turma durante curso, mecânica em aviação supera preconceito: 'Não ter medo'
Paulo Cesar Oliveira
🛫A história de Joyce Campos, de 28 anos, foi contada como exemplo e inspiração no Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março.
🛠️Ela era a única mulher da sua turma durante o curso de formação, e é responsável pela manutenção preventiva e corretiva de motores dos aviões da Azul, companhia aérea que tem como base o Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
A jovem nasceu em São Paulo (SP), mas atualmente mora em Indaiatuba (SP). Ela iniciou a carreira como técnica de manutenção de aeronave em 2015, quando tinha apenas 19 anos.
3. Universitária autista que treinou o próprio cão de assistência para evitar crises dentro e fora da aula
Universitária autista treina o próprio cão de assistência para evitar crises
Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Giordanna Bonone, de 20 anos, conta com uma ajuda extra para evitar crises. A universitária, moradora de Campinas, treinou o próprio cão para ser um animal de assistência.🐶
Segundo Giordanna, o cachorro, chamado Apolo, foi ensinado a identificar sintomas e, assim, sinalizar para que ela consiga agir a tempo de impedir uma crise. Além disso, o cão, da raça Labrador, ajuda a dona a socializar.
4. Sobrevivente do Holocausto que fugiu de campo de concentração graças ao choro do irmão e hoje mora em Campinas
Aleksandra Marczenko conta horror da guerra e fuga do campo de extermínio nazista
Nascida em um vilarejo de Stetzkivtzi, que fazia parte da antiga União Soviética (URSS), Aleksandra Marczenko Carvalho, ucraniana de 87 anos, e a família, foram mantidos presos pelos alemães por serem estrangeiros. Os pais dela foram submetidos a trabalho forçado e sem remuneração, período em que vivenciaram momentos de terror.
Por dois anos, enquanto era apenas uma criança, ela viveu no campo de concentração de Cuxhaven, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, e atualmente conta suas histórias em Campinas, onde mora.
5. Descoberta de gravidez encorajou mãe a amputar a perna
Jéssica e Arya
Fran Narbony
👩👧No Dia das Mães, celebrado no dia 12 de maio, o g1 contou a história da bancária Jéssica Aparecida Cardoso Sacardo.
Com 31 anos, a moradora de Sumaré (SP) enfrentou diversas limitações de locomoção durante a vida por conta de uma fratura que sofreu quando ainda era criança e levou a más formações em sua perna esquerda.
Foi apenas com a descoberta de sua gravidez que ela conquistou a coragem suficiente para realizar a amputação, movida principalmente pelo desejo de ter e proporcionar à sua filha uma maior qualidade de vida.
6. A cientista brasileira em Harvard que descobriu por que pacientes saudáveis agravam com a doença após perder pai para Covid
Cientista de Campinas estuda combate à Covid-19 em Havard após morte do pai pela doença
Imagina transformar a dor do luto em uma pesquisa inovadora publicada em uma das revistas científicas mais renomadas do mundo? Foi isso que Marcella Cardoso, pesquisadora brasileira, fez. Ela perdeu o pai por Covid-19 e transformou sua dor em luta para entender por que a doença pode afetar pessoas saudáveis de forma grave.
Praticante de atividades físicas e sem nenhuma comorbidade, Luiz Carlos Cardoso, de 67 anos, morreu por Covid-19 em março de 2021 em Campinas (SP). Marcella, que fazia doutorado em parceria com a Universidade de Harvard, mudou a área de estudo para entender o mecanismo que pode ter agravado a doença no pai.
7. Casal com síndrome de Down viraliza com história de amor que começou na infância
Casal com Síndrome de Down viraliza nas redes sociais ao compartilhar como se conheceram
💘Sabe aquelas histórias de amor que são a cara da "Sessão da Tarde"? Um exemplo disso é um casal de Mogi Guaçu (SP) com síndrome de Down que prova diariamente como pode ser bom encontrar alguém para dividir a vida.
😍 No Dia dos Namorados deste ano, o g1 trouxe a história de amor de Moisés Reis, de 21 anos, e Emilly Bulgarelli, de 20. Eles viralizaram nas redes sociais após um vídeo publicado por um canal que entrevista casais nas ruas para contar como se conheceram.
O conteúdo teve mais de 39 milhões de visualizações no Instagram e TikTok.
8. Casal sem cordas vocais encontra amor em coral da Unicamp
Após câncer de laringe, casal sem cordas vocais encontra amor em coral da Unicamp
💏E quem disse que para amar precisa de muitas palavras? Sem cordas vocais, um casal de laringectomizados totais de Campinas provou que o amor, na verdade, requer grandes atitudes.
Após serem diagnosticados com câncer, os dois fizeram a retirada total da laringe e, hoje, mostram a importância um do outro sem precisar da voz.
💞Por ironia do destino, a história de amor dos aposentados Joaninha Jamarco e Anísio Scareli começou em um coral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) destinado a pacientes que, assim como eles, tiveram que reaprender a viver, encontrando novas formas de expressão e comunicação.
9. Após perder filho, mãe ressignificou dor e criou ONG para acolher pessoas com depressão na periferia
ONG Gabriel realiza palestras para prevenção do suicídio
Júnior Eventos
💛Nádia Kelly Nunes da Silva, de 43 anos, conheceu a dor de perder um filho jovem. Em setembro de 2021, ela viu Gabriel perder a vida para a depressão aos 21 anos. Porém, apesar da tristeza, a mãe decidiu transformar a dor em missão.
Um ano depois da partida do jovem, Nádia fundou a Organização Não Governamental (ONG) Gabriel em setembro de 2022, em Campinas, sob a motivação de “lutar para que essa doença possa ser olhada de uma forma mais empática”.
🌻A ONG realiza eventos, como palestras, e conta atualmente com uma equipe diversificada, com psicólogo, assistente social e profissionais de marketing, que se uniram com o compromisso de oferecer suporte emocional e educacional à comunidade.
10. Pastor trans que teve câncer relata renascimento após retirada da segunda mama
Pastor trans que teve câncer relata renascimento após retirada da segunda mama
Nascido em um corpo feminino, Heliano Ferreira da Silva tinha 38 anos quando iniciou a transição de gênero. Ele decidiu em 2018 que era hora de viver sua verdadeira identidade enquanto homem transexual.
O sonho de Heliano foi interrompido em 2020 após ser diagnosticado com um câncer de mama. Além da perda dos pelos faciais, consequência da quimioterapia, o pastor evangélico da Igreja Apostólica Kaléo Chamados em Cristo, em Ribeirão Preto, passou dois anos com apenas um dos seios e conta que enfrentou disforia por não aceitar o que via no espelho.
11. Pai e filha apaixonados por aviação dividem cabine de avião cargueiro pela 1ª vez
Pai e filha compartilham amor pela aviação e realizam voo juntos
👨✈️Para Arnaldo Alba, de 61 anos, comandante da Latam Airlines, e sua filha Juliana Alba, de 32, também piloto, voar juntos no mesmo avião foi a realização de um sonho e a celebração do amor em comum pela aviação.
🛫O encontro na cabine de pilotagem de um Boeing 767 cargueiro aconteceu um dia antes do Dia dos Pais deste ano, em um voo que saiu do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, com destino a Miami, nos Estados Unidos.
Um feito possível por conta de uma ação especial da companhia - por regra, familiares não podem voar na mesma tripulação por questões de segurança.
12. Única brasileira da categoria, rapper participou do Grammy Latino com clipe sobre a própria história
Jovem MK na gravação do videoclipe Meu Karma, indicado ao Grammy Latino.
Felipe Max
🎙️A rapper Jovem MK foi a única brasileira indicada na categoria de melhor vídeo musical (versão longa), da 25º Edição do Grammy Latino, que aconteceu em Miami.
🏆 A tentativa de vencer o prêmio mais importante da música foi com o videoclipe da canção "Meu Karma", lançado em maio, que propõe uma reflexão sobre os impactos do acesso a armas de fogo e aliciamento para o crime de jovens da periferia.
O ponto de partida da criação da rapper foi a própria história e vivências pessoais que teve na favela Vila Urubu Cansado, em Hortolândia (SP), onde cresceu.
13. Filha de monitora que sonha cursar pedagogia na Unicamp inspirada na mãe
Thaís Caroline Rodrigues Lopes, de 21 anos, ao lado da mãe, Tamara Rita Rodrigues
Fernando Almeida/g1
🦉Candidata pela terceira vez no vestibular da Unicamp e pela primeira vez na segunda fase, Thaís Caroline Rodrigues Lopes, de 21 anos, moradora da região do Ouro Verde, periferia de Campinas, chegou com duas horas de antecedência no local de prova, no início de dezembro.
A jovem sonha em cursar pedagogia na Unicamp e vê na mãe, monitora de alunos, uma inspiração. "Ela é uma mulher forte, ela nunca desistiu de nada. Então ela é uma grande inspiração para mim", contou ao g1.
*sob a supervisão de Marcello Carvalho
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